Dermatologia Clínica

Carcinoma Espinocelular (CEC)

É o segundo tipo de câncer de pele correspondendo a 15% dos casos e é mais comum em pessoas de pele clara acima dos 50 anos. Diferente do CBC, o Carcinoma Espinocelular apresenta um potencial de disseminação para os gânglios linfáticos e metástases à distância e, por isto, o diagnóstico precoce é fundamental. Se for tratado no início, apresenta altas taxas de cura e poucas complicações. O Carcinoma Espinocelular é mais frequente em homens do que em mulheres e raramente se manifesta antes dos 50 anos.

Causas

O Carcinoma Escamocelular (CEC) tem origem a partir das células escamosas que estão presentes na epiderme (camada mais superficial da pele). Mutações geradas pelo exposição à Radiação Ultravioleta(RUV) , por exemplo, podem provocar um crescimento desordenado levando ao surgimento do câncer. Os locais mais acometidos são as áreas expostas ao sol, ou seja, cabeça, pescoço, lábios, couro cabeludo, orelhas e braços.

Os principais fatores relacionados ao CEC são:

– A exposição acumulada ao sol durante a vida
– Pele , olhos e cabelos claros
– Predisposição genética
– Evoluir a partir de lesões pré-cancerígenas como Ceratoses Actínicas
– Tabagismo
– Infecções pelo HPV
– Imunosupressão ( ex: transplantados)
– Radioterapia prévia
– Úlceras , queimaduras e cicatrizes crônicas
– Exposição à produtos químicos (ex:arsênico/alcatrão)
– Síndromes genéticas raras (Ex:Xeroderma Pigmentoso)
– Câmaras de bronzeamento artificial

Sintomas

Carcinomas de Células Escamosas(CEC) se apresentam como feridas que não cicatrizam, de superfície áspera e descamativa e que podem sangrar com facilidade podendo se parecer com verrugas.

As Ceratoses Actínicas são lesões pré cancerígenas que comumente antecedem o aparecimento do CEC .São lesões ásperas , descamativas, avermelhadas na maior parte das vezes localizadas em áreas expostas ao sol.Há uma discussão se as ceratoses actínicas já não seriam uma fase inicial de Carcinoma Espinocelular(CEC).Acredita-se que entre 40% a 60% dos CEC começem por causa de ceratoses actínicas não tratadas. Por este motivo a consulta regular com o dermatologista ou cirurgião oncológico é um passo importante para evitar esta evolução já que métodos como cauterização química, crioterapia ou tratamento de campo de cancerização podem afastar este risco.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através de uma avaliação clínica, ou seja , pela observação das características da lesão complementada pelo uso da dermatoscopia que irá fornecer valiosas informações sobre a lesão. Na suspeita de uma lesão de CEC, uma biópsia deverá sempre ser realizada não só para confirmar o diagnóstico como também definir o subtipo histológico e planejar a melhor abordagem.

Tratamento

O tratamento depende de vários fatores como tamanho, profundidade, localização e também da idade e condições clínicas do paciente.

Se as lesões forem detectadas e removidas precocemente , as taxas de cura são altíssimas e a recuperação excelente com bons resultados estéticos.No entanto, o diagnóstico tardio favorece não apenas o crescimento local como aumenta o risco de metástase para outros orgãos , podendo se tornar fatal.

As principais formas de tratamento são:
– Medicamentos tópicos (5 FU/ Imiquimode) – indicado para os tumores não invasivos
– Curetagem e Eletrocoagulação
– Criocirurgia
– Cirurgia Convencional
– Cirurgia Micrográfica de Mohs
– Radioterapia
– PDT (Terapia Fotodinâmica)

Embora existam várias opções de tratamento para o CEC sempre que possível recomenda-se remoção cirúrgica já que apresenta as maiores taxas de cura.

Prevenção

As principais medidas de prevenção são ;

– Evitar o sol nos horários de pico entre às 10 da manhã e 16 h da tarde
– Uso regular e diário de filtro solar (FPS maior ou igual a 30)
– Uso de chapéus e óculos
– Evitar contato com produtos químicos potencialmente cancerígenos
– Evitar câmaras de bronzeamento artificial
– Consulta anual com o dermatologista /cirurgião oncológico
– Autoexame a cada 6 meses

A clínica DERMIC tem uma equipe de dermatologistas/cirurgião oncológico preparada não só para reconhecer como também tratar este tipo de lesão.

Médico Especialista

Dr. Juliano Rebolho

CRM: 21702 | RQE: 19890
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