Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima-se  que 1-2% da população brasileira sofre com psoríase. Apesar do número parecer pequeno, são milhões de brasileiros acometidos pela psoríase no Brasil. Apesar dos avanços recentes não só no tratamento como no entendimento da própria doença, pessoas com psoríase ainda sofrem com o preconceito diário de muitos brasileiros que, infelizmente desconhecem este problema por acreditar se tratar de uma doença transmissível. O isolamento social, na prática, destas pessoas é comum.

Causas

Apesar dos extraordinários avanços recentes na área, ainda não é conhecida a causa exata da Psoríase. Trata-se de uma doença imuno-mediada, ou seja, são inúmeras sinalizações no nosso sistema imunológico que, em última análise, desencadeiam o aparecimento das lesões típicas.

No entanto, alguns fatores podem aumentar as chances de aparecimento de Psoríase:

– Familiares com Psoríase
– Estresse emocional
– Obesidade
– Inverno
– Infecções ( ex: HIV/ Infecçoes bacterianas de garganta)
– Medicamentos
– Álcool
– Tabagismo

Sintomas

A psoríase é uma inflamação crônica que afeta não só a pele como também as articulações. Na pele a forma mais comum é a chamada Psoríase Vulgar. Nesta forma, placas avermelhadas, descamativas e infiltradas podem aparecer em locais típicos como couro cabeludo, cotovelos, joelhos e nádegas. As alterações cutâneas, em geral, antecedem um outro problema potencialmente grave, a chamada artrite psoriática. Em torno de 30% dos pacientes com Psoríase poderão apresentar esta associação e, por isso, a identificação precoce é fundamental para evitar sequelas articulares. Outro dado relevante é que os estudos mostram que os pacientes com psoríase apresentam um quadro de inflamação sistêmica, ou seja, além da pele e das articulações a inflamação no corpo pode aumentar o risco cardiovascular com risco aumentado por exemplo de Infarto agudo de miocárdio e acidentes vasculares encefálicos (AVE). Diante de tal cenário, é de suma importância o diagnóstico precoce e correto da psoríase por um médico dermatologista. 

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico , ou seja, a apresentação das lesões muitas vezes é feita no momento da consulta médica.Em poucos casos, é necessário fazer uma biópsia de pele para diferenciar de outras situações clínicas semelhantes.

Tratamento

Para as formas leves da doença, muitas vezes o tratamento tópico com pomadas, cremes, loções e xampoos podem ser suficientes.

Nos últimos anos um enorme avanço na medicina têm beneficiado os pacientes com as formas graves da doença. Para estes pacientes, além dos tratamentos convencionais como fototerapia e medicamentos como Metotrexate, Ciclosporina e Acitretina hoje é disponível tanto na rede pública (SUS) como privada (rol da ANS) os chamados imunobiológicos. 

Estes tratamentos revolucionaram o tratamento das formas graves de psoríase trazendo, em muitos casos, uma melhora completa das lesões cutâneas e articulares  resgatando a qualidade de vida antes perdida. Tratam-se de injeções subcutâneas que são aplicadas periodicamente com o objetivo de inibir a resposta imunológica da psoríase. Embora não seja a cura da psoríase, o desenvolvimento destes medicamentos trouxeram um grande benefício para esta população. A prescrição destes medicamentos requer um conhecimento específico do médico dermatologista e é obrigatório um acompanhamento ao longo do tratamento. Nesta etapa, avaliações clínicas, laboratoriais e demais orientações são fundamentais para uma melhor resposta à este tratamento. 

A clínica DERMIC está  preparada para orientar os pacientes com psoríase e oferecer os tratamentos mais atuais.