Dermatologia Pediátrica
Dermatologia das Unhas
Crioterapia
A crioterapia é uma técnica terapêutica que consiste na aplicação de frio no local e que tem como objetivo tratar inflamações e dores no corpo, diminuindo sintomas como inchaço e vermelhidão, já que promove a vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo local, diminui a permeabilidade das células e o edema.
Apesar de ser muito utilizado no tratamento e prevenção de lesões, a crioterapia pode também ser realizada com fins estéticos, através do uso de aparelhos específicos, combatendo a gordura localizada, celulite e a flacidez, por exemplo.
Para que serve
A crioterapia tem indicação em várias situações, podendo ajudar tanto no tratamento de lesões infecciosas ou musculares como na sua prevenção e no tratamento de situações estéticas. Assim, as principais indicações da crioterapia são:
- Lesões musculares, como, por exemplo, entorses, pancadas ou manchas roxas na pele;
- Lesões ortopédicas, como no tornozelo, joelho ou coluna;
- Inflamação dos músculos e das articulações;
- Dores musculares;
- Queimaduras leves;
Tratamento de lesões causadas pelo HPV, devendo ser recomendado pelo ginecologista.
A crioterapia e termoterapia, que utiliza o calor em vez do frio, podem ser utilizadas em conjunto de acordo com a lesão. Aprenda, no vídeo a seguir como escolher entre a compressa quente ou fria para tratar cada lesão:
Além disso, a crioterapia pode ser realizada com fins estéticos, isso porque ao aplicar frio na região a ser tratada, é possível diminuir a permeabilidade das células e o fluxo sanguíneo do local, ajudando no combate das rugas e linhas de expressão, além de também promover o aumento no metabolismo das gorduras, combatendo a gordura localizada, flacidez e celulites. Saiba mais sobre a crioterapia estética.
Como é feita
A crioterapia deve ser utilizada com a orientação do fisioterapeuta ou dermatologista, de acordo com a orientação do tratamento, podendo ser feita de diversas formas como com o gelo picado ou em pedra, envolto em um pano, com bolsas térmicas, géis ou aparelhos específicos, principalmente no caso da crioterapia com fins estéticos.
Também pode ser feito o banho de imersão com água gelada, uso de spray ou, até, com nitrogênio líquido. Seja qual for a técnica escolhida, o uso de gelo deve ser interrompido em caso de desconforto intenso ou perda da sensibilidade, o tempo de contato do gelo com o corpo nunca deverá ser superior a 20 minutos, para não queimar a pele.
Quando não é indicada
Como é um método que interfere com a circulação de sangue, o metabolismo e fibras nervosas da pele, as contraindicações do uso de gelo devem ser respeitadas pois, quando a técnica é utilizada de forma inadequada, pode prejudicar a saúde da pessoa, agravando doenças de pele e a má circulação, por exemplo.
Assim, a realização desse tipo de tratamento não é recomendado quando há:
- Ferimentos ou doenças na pele, como psoríase, pois o frio excessivo pode irritar ainda mais a pele e prejudicar a cicatrização;
- Má circulação sanguínea, como insuficiência arterial ou venosa grave, porque este procedimento diminui a circulação do corpo no local onde está sendo aplicada, e isso pode ser prejudicial em quem já tem uma circulação alterada;
- Doença imunológica associada ao frio, como doença de Raynaud, crioglobulinemia ou até alergias, por exemplo, pois o gelo pode desencadear uma crise;
- Situação de desmaio ou coma ou com algum tipo de retardo da compreensão, já que estas pessoas podem não saber informar quando o frio está muito intenso ou causando dor.
Além disso, caso os sintomas de dor, inchaço e vermelhidão no membro tratado não melhorem com a crioterapia, deve-se procurar o ortopedista, para que seja feita a investigação das causas e o tratamento direcionado para cada pessoa, podendo-se associar o uso de anti-inflamatórios.